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BIOMASSA

(Conteúdo técnico extraído do Livro Biomassa Brasil de autoria de Celso Marcelo de Oliveira)


INTRODUÇÃO. Nos últimos anos, a nossa produção de energia envolve a queima de combustíveis fósseis. Como uma conseqüência temos um aumento crescente  nas emissões de CO2.

É consenso mundial de que os recursos de combustíveis fósseis estão sendo limitados.   
 

Numerosas iniciativas envolvem uma reestruturação da rede de energia e a redução da dependência de combustíveis fósseis. Os combustíveis renováveis podem substituir o papel dos combustíveis fósseis na produção e geração de energia. A principal razão para o desenvolvimento de fontes adicionais de energia é o forte aumento da demanda de energia que o mundo vai enfrentar nos próximos anos. De fato, o consumo de energia já aumentou em 65% nos últimos 30 anos. Até 2030, é provável ter um aumento de 40% a partir de 12.000 a 16.800 Mtop (ou a partir de 30.000 a 41.000 Mtwpe). Quando falamos em energia podemos tratar de biomassa (briquetes e briquetes para geração de energia térmica).


A biomassa (biomassa energética, woodchips, pellets e briquete) sempre foi e continuará sendo uma importante fonte de energia para a humanidade.  A produção de biomassa (agrícola, industrial e florestal e agroindustrial) para fins energéticos é renovável, gera mais empregos e requer menor investimento por posto de trabalho criado do que os combustíveis fósseis. Além disso, descentraliza a produção regionalmente, tem o ciclo de carbono fechado (o que significa diminuição das emissões de poluentes) e economiza as fontes não-renováveis. O potencial da biomassa mundial pode ser  suficiente para  atender a demanda de energia global em 2050. Não há problemas técnicos na mudança da matriz energética dos combustíveis fósseis para biomassa. Na última década, o número de países que exploram biomassa para o fornecimento de energia tem aumentado e o uso mundial de biomassa para energia dobrou nos últimos 40 anos.


O potencial futuro para a energia da biomassa depende da disponibilidade de terra. Atualmente, a quantidade de terra dedicada ao cultivo de biomassa energética é de apenas 25 milhões de hectares ou 0,19% da área terrestre.

 

BIOMASSA FINS ENERGÉTICOS. A biomassa, quando utilizada para fins energéticos, é classificada em três categorias: florestal, agrícola e rejeitos urbanos, onde, na biomassa energética agrícola, estão incluídos as culturas agroenergéticas e os resíduos e subprodutos das atividades agrícolas, agroindustriais e da produção animal. O potencial energético de cada um desses grupos depende tanto da matéria-prima utilizada quanto da tecnologia utilizada no processamento para obtê-los.  Existem diversas rotas tecnológicas para a utilização da biomassa com a finalidade de se produzir energia elétrica, contudo, todas envolvem a transformação da biomassa, por meio de processos termoquímicos, bioquímicos e físico-químicos, em um produto intermediário, que por fim, será usado na geração de eletricidade.

 

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS BIOMASSA NO BRASIL. O Brasil dispõe de grande potencial no domínio de algumas fontes de energia renováveis, atendendo à localização, características e recursos naturais do seu território. O aproveitamento da biomassa deve ser constituir um desafio prioritário da nossa política energética, é um vetor de desenvolvimento do País indo ao encontro dos objetivos nacionais de reforço da segurança energética e da diversificação do abastecimento de energia, de proteção ambiental e de coesão social e econômica com a geração de novos empregos.

 

Em recente estudo publicado na principal Revista Européia de energia, apenas três países  despontam com o maior potencial de matéria-prima e de produção de pellets e briquetes em grande escala: Austrália, África do Sul e Brasil. O estudo concluiu que o país que tem o maior potencial de produção é o Brasil por ter uma indústria florestal altamente desenvolvida com base em um recurso de plantio de 6.300.000 ha. e com  quantidades anuais de madeira em tora de 175 milhões de m³ e pela existência de milhões de toneladas de resíduos lenhosos e florestais.  Em 2012 tivemos um quantitativo total de 157.992.556 metros cúbicos de resíduos florestais produzidos no Brasil o suficiente para gerar 1.244.253 (tj) de energia térmica e emissões de C02 evitadas 189.591.060.

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